quarta-feira, 9 de julho de 2008

Desvida - Desventuras de Quando A Gente Sobrevive

Parte 2: Sobre decepções

Eu tenho todos os motivos possíveis para não acreditar nas pessoas. Sabe aquela coisa de decepção ? De se doar, apaixonar-se (não no sentido eros do sentimento), entregar-se e, de repente, isso se perder de forma inusitada e inesperada.

A minha vida, com quase 19 anos, já teve muito disso. E, confesso, já passei um bom tempo inerte a sentimentos. O tempo e as pessoas me fizeram fria. Mas o tempo e as pessoas me acolheram novamente e me fizeram viva.

Deixei de pensar que não preciso delas - das pessoas - e posso seguir meu caminho. Foi com elas que caminhei o tempo todo e nem sabia. Foi pra elas que tudo que conquistei foi mérito.

As pessoas do caminho mudaram ao longo do tempo. Mas o intuito foi sempre o mesmo. Tirar do peito as decepções, as amarguras, e fazer um coração novo, construir uma nova pessoa. Renovar, restaurar, reviver. Aventurar.

Descobrir que não é um amor não correspondido, um resultado ruim de uma prova ruim, uma lágrima que vão impedir um amor de ser correspondido, um resultado bom vir de uma prova boa, um sorriso se abrir.

As pessoas diferentes, de modos diferentes, me fizeram aprender a aproveitar o tal amor platônico e tirar dele a maior diversão possível. Elas me fizeram ver o quão bonita eu era e quanto eu podia. Desembaçaram meus olhos quanto aos meus focos, me deram "pézinho" e me ajudaram a pular um muro chamado Medo.

Me fizeram ver que depois do muro há um caminho largo e fundamental para o meu sucesso, que esse caminho eu tenho que conquistar, que esse caminho eu tenho que querer.

Decepcionar-me só fez com que as luzes se apagassem. Para que pudessem ser acesas mais uma vez.

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