sábado, 1 de novembro de 2008

Ser Livre Pra Voar

a história de um pássaro a partir do ponto de vista de alguém que quer controlar o destino


para um pássaro, cujo céu é muito mais que algo azul.





Me pus a observar um passarinho. Ele, com certeza, não era filhote, mas também não era dos mais velhos. Ele, com certeza, pensava muito. Quer dizer, não sei se pássaros realmente pensam, mas ele estava particularmente quieto. Caso se mexesse, mexia a cabeça apenas para olhar melhor, analisar o que iria fazer.

Como ele era exatamente ? Não sei ao certo. Talvez isso não importe. O que realmente me chamou atenção foi o olhar dele.

Ele fixava seus olhos no céu. Provavelmente fosse seu objetivo maior, levando em consideração que os pássaros são mais felizes voando que no beiral de uma janela ou no encosto de um banco ou num galho seco de uma árvore (o que era o caso).

Me permitam aqui tentar imaginar o que o pássaro pensava, oks ?

Para mim, aquele pássaro estava se desafiando. Talvez ele fosse um adolescente/jovem que tivera como sina sair de seu ninho e voar. Com tudo novo é difícil saber o que pode dar certo, mas, tomado de entusiasmo e/ou pressão, ele resolveu abrir as asas e se entregar.

Bem, para ele estar analisando o céu com tanta cautela, só pode haver um motivo: as coisas não saíram muito bem e não por uma unica vez.

Sabem o que eu imagino ? Imagino que ele, com certeza, ao olhar o céu dessa forma, está se questionando se ainda vale a pena lançar-se aos céus. Ele está se questionando se ainda pode voar.

Acho que percebeu meu olhar sobre ele, pois os olhos dele encontraram os meus (olhos âmbar, pude reparar). São olhos curiosos, como se quisessem uma segunda opinião.

Sorri. Voa passarinho, voa.

E com um brilho diferente no olhar ele voltou a fitar o céu.

Raabe M. Gabriel, O1/11/2OO8


Já formulei a primeira linha da continuação, mas preciso de muitas coisas, entre elas um feadback. Gritem oks ? ^^