quarta-feira, 9 de julho de 2008

Desvida - Desventuras de Quando A Gente Sobrevive

Parte 1: Sobre ter 13 anos

Ontem poderia ter sido um dia qualquer na vida de uma garota, se uma notícia não mudasse o rumo da noite. "Aniversário supresa da namorada do seu amigo". Oks, vamos lá.


Não, não foi a festa surpresa em si que acrescentou mais alguma coisa na vida dessa garota que quer emagrecer e se via diante de muitos cajuzinhos. Foi saber que a mais nova da turma, uma menina 6 anos mais nova, supostamente "namorava" um garoto de 17 anos.


É inevitável fazer analogia ao episódio de Dr. House, aquele que o bombeiro tem falsas memórias e acha que a companheira de trabalho, a qual está apaixonado, é noiva de seu irmão. Essas falsas memorias levam a equipe de House ao ato extremo de apagar as lembranças do paciente, com extremo de curar sua doença. Funciona, eles acham a verdadeira causa de seus infartos e talz, mas descobre, bem depois, que as lembranças não eram verdadeiras e poderiam ter poupado o paciente de perder suas memórias da infancia e coisas do tipo que, francamente, não queremos perder.


Pra que essa analogia ? A menina, a mais nova, tinha falsas esperanças e/ou lembranças (não dá pra saber ao certo) de que o tal menino de 17 anos era sim o namorado dela e que ele dizia que a amava.


Por ajuda do destino, o tal menino apareceu alí por perto no auge da nossa discussão: "Não faz sentido ! Você tem que largar dele !" E o que ele disse ? "Não tem nada a ver. Ela é muito nova, não quero estragar a vida dela".


Eu não me lembro exatamente de quando eu tinha 13 anos. Lembro que estava na 8ª série e que queria muito entrar na escola tecnica que fica perto de casa. Lembro que fazia cursinho e que tinha uma amizade cheia de altos e baixos, que eu mantinha desde a 5ª série, com mais ou menos umas 4 garotas. Lembro que o garoto que eu tinha gostado por muito tempo já tinha ido há muito tempo. Lembro que desventuras mesmo eu passei no cursinho. Mas nunca me iludi de fato com algo que não ocorreu. Não imaginei que estava namorando um garoto ou outro e blablabla. Acho que meu foco sempre foi outro.


Sabe de uma coisa ? Eu nunca me arrependi (e acho que isso é uma das coisas que eu menos vou me arrepender na vida) de não ter ligado muito para garotos e namoro. Na verdade, algo que sempre me diferenciou muito das outras meninas foi o foco. Descobrir um objetivo, traçar uma reta e ir em frente (porque o caminho mais curto de um ponto a outro é a reta; viram como eu aprendi, sim, alguma coisa de matemática ?)


Há muitas coisas que nos levam de forma mais leve aos nossos objetivos. Família estruturada e presente, amigos fiéis, fé e, é claro, estudar. Porque sem estudar não se vai a lugar nenhum.


Qual a moral da história ? Não faz bem iludir-se com o superfluo. Limitar-se ao seu mundinho e suas coisas. É preciso querer ser grande. É preciso querer ir além. É preciso levantar a cabeça, olhar pra frente e seguir.


Você pode todas as coisas.

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